Nada melhor para começar do que falar sobre a importância da comida de verdade. Mas antes disso, deixa eu, @tamarazilion contar um pedacinho da minha história.
Quando meu afilhado, Otávio, iniciou sua Introdução Alimentar eu, que já estava me aventurando pelo universo da Nutrição Materno Infantil, fiquei ainda mais encantada em poder participar ativamente desse processo. Eu havia me comprometido em dar o almoço para ele todos os dias enquanto minha cunhada voltava para sua licença maternidade. Como era incrível ver o desenvolvimento dele nesse processo. Seu interesse por se alimentar, como ele reagia diante das recusas. Eu ficava aflita nos dias em que ele aceitava apenas algumas colheradas.
Mas não era apenas a técnica da Introdução Alimentar, isso é assunto para outro post. Eu comecei a pesquisar e estudar mais afundo os alimentos, já que a faculdade de Nutrição havia me ensinado apenas o básico, passei a me importar mais com a qualidade de cada ingrediente, rótulos, o que poderia ou deveria ser ofertado, até porque na época, eu estava passando por um grande processo de cura e mudanças fundamentais na minha vida estavam sendo feitas.
A desculpa da falta de tempo
Como a maioria das pessoas hoje em dia, o fato de trabalhar muito, estudar bastante, me consumia e me tirava a vontade de cozinhar e sem raciocinar, eu comprava muitos itens industrializados (como temperos, molhos etc.), além disso, eu consumia muitas refeições de restaurantes. Mas nunca parava para pensar que talvez tudo aquilo me deixava ainda mais doente. E quando essa chavinha mudou em mim, graças à várias pessoas que ajudaram nesse processo, incluindo o próprio Otávio, eu literalmente joguei tudo no lixo e comecei do zero.
Uma criança, quando inicia sua introdução alimentar, tende a aceitar tudo (ou quase tudo) daquilo que oferecemos. Eles são curiosos e não tem ideia do que estão comendo. Então, cabe a nós escolher a dedo o que oferecer, não é mesmo? E isso deve se repetir por toda a infância. Uma criança pequenininha não tem necessidade de comer industrializados, elas ainda não são influenciadas pelo apelo da indústria. Nós é que somos, e acabamos tendo dó em não oferecer algo que as crianças estão olhando, e elas olham mesmo, simplesmente porque a embalagem é muito colorida e chama a atenção. Então, não sofra, ela não está com vontade, apenas curiosa!
A comida de verdade, é aquela que sabemos exatamente o que há. É aquele arroz fresquinho e soltinho, aquele feijãozinho cozido no dia, incrivelmente perfumado. Mas esse cheirinho não é o do tempero de pacotinho. Mas sim, da cebola, do alho, da folha de louro, das ervas fresquinhas que usamos para temperar. Isso é comida de verdade! Isso é o que nos alimenta.
Ofereça comida de verdade para seu filho(a)!
Então, comece pelo básico: diminua o consumo de embutidos, não compre macarrão instantâneo, salgadinho de pacotinhos, gelatinas industrializadas. Saiba, que “Danoninho” não vale por um bifinho. Se for consumir líquidos com as refeições, dê preferência aos sucos naturais (mesmo os de polpa congelada) ou sucos integrais do que refrigerantes, prefira requeijão caseiro. E quando não tiver outra opção, escolha os industrializados que contenham o mínimo de ingredientes possível descritos no rótulo.
Caso você tenha vontade, mas não saiba por onde começar, invista um pouquinho do seu tempo para aprender a cozinhar. Você vai perceber que cozinhar é libertador!
A mudança vem de nós, os adultos da casa. A criança sempre seguirá os nossos passos. Seja o exemplo.